Estava prevista para
esta quarta-feira (22) a criação do Conselho Estadual dos Direitos da População
de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) pela Assembleia
Legislativa da Bahia. Infelizmente, a aprovação, que aconteceria por acordo e
com dispensa de formalidade, foi barrada pelo deputado Pastor Sargento Isidório
(PSC), da bancada evangélica.
O presidente da
Casa, Marcelo Nilo (PDT), ainda não havia finalizado seu pronunciamento quando o
Pastor o interrompeu bradando palavras de revolta contra a iniciativa, chegando
a levantar dúvidas sobre a autoria do projeto, que é assinado pelo próprio
Governador Jacques Wagner. “Temos tantas coisas sérias para discutir e cuidar.
Tenho certeza que o governador não é o responsável pelo projeto, algum assessor
está traindo ele”, afirmou. Entre outras declarações polêmicas, Isidório disse
que o conselho seria uma estratégia para “instalar a ditadura gay no
Estado”.
O pronunciamento de
Isidório foi apoiado pela bancada evangélica na Assembleia, nela incluída nomes
como Sildevan Nóbrega (PRB). Mesmo com o acordo para apreciação rápida da
matéria, o presidente da casa foi obrigado a aceitar a solicitação de tempo para
discutir a criação do Conselho LGBT. “Para aqueles que representam os
evangélicos é importante ter tempo para tomar conhecimento e discutir o projeto.
Nada contra os gays”, garantiu Sildevan, membro da Comissão Especial da Promoção
da Igualdade da Casa. O assunto deverá voltar à pauta na próxima terça-feira
(28).
Fonte: Bahia Notícias
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