Um grupo de travestis de Fortaleza lançou na última quarta-feira (16) a 2ª
edição do “translendário”, um calendário ilustrado com imagens de travestis em
referência a símbolos religiosos. Neste ano, o grupo se inspirou em santos de
diversas religiões para criar os próprios deuses e santos protetores dos
travestis.
Em 2012, o calendário do mesmo grupo gerou polêmica ao replicar imagens
sacras, como a Última Ceia, de Leonardo da Vinci, e Pietà, de Michelangelo. “No
ano passado nós retratamos imagens clássicas, não apenas religiosas. Se eles
entenderam isso como ofensivo, esse vai ser mais ainda”, diz o idealizador do
projeto, Silvero Pereira.
Numa das páginas do translendário 2013, há uma crucificação inspirada em um quadro de Salvador Dalí. “O objetivo não é retratar Jesus Cristo. Nós nos inspiramos em religiões e criamos nossos santos e deuses”, explica o diretor de arte do translendário, Andrei Bessa.
Também na edição 2013, há a “deusa dos incubados”, inspirada no deus da mitologia nórdica Thor. “A deusa faz referência ao universo machista e preconceituoso, que mantém gays incubados, sem assumir a homossexualidade. Nós a representamos pela figura masculina do Thor”, explica Andrei.
O calendário com travestis também gerou polêmica em 2012 por uma denúncia feita na Assembleia Legislativa do Ceará de suposto financiamento de órgão público. Segundo Silvero, não houve o apoio financeiro denunciado pelo deputado estadual do Ceará Fernando Hugo (PSDB). “O deputado deu um tiro no pé. Todo o pronunciamento só ajudou a popularizar o nosso projeto”, diz o idealizador.
Na segunda edição, o ensaio fotográfico foi feito com contribuição de pessoas que simpatizam com o projeto. Eles pediram doações e arrecadaram R$ 11.200, de acordo com Silvero Pereira. O projeto custou R$ 10 mil e o valor arrecadado restante será destinado ao Coletivo Artístico das Travestidas, um grupo de teatro, dança e música composto por travestis do Ceará.
“O objetivo do calendário não é causar confusão, mas inserir os travestis na sociedade. Por que um travesti não pode ser associado a uma religião?”, questiona Silvero.com informações do G1
Os calendários estão sendo vendidos aqui
Numa das páginas do translendário 2013, há uma crucificação inspirada em um quadro de Salvador Dalí. “O objetivo não é retratar Jesus Cristo. Nós nos inspiramos em religiões e criamos nossos santos e deuses”, explica o diretor de arte do translendário, Andrei Bessa.
Também na edição 2013, há a “deusa dos incubados”, inspirada no deus da mitologia nórdica Thor. “A deusa faz referência ao universo machista e preconceituoso, que mantém gays incubados, sem assumir a homossexualidade. Nós a representamos pela figura masculina do Thor”, explica Andrei.
O calendário com travestis também gerou polêmica em 2012 por uma denúncia feita na Assembleia Legislativa do Ceará de suposto financiamento de órgão público. Segundo Silvero, não houve o apoio financeiro denunciado pelo deputado estadual do Ceará Fernando Hugo (PSDB). “O deputado deu um tiro no pé. Todo o pronunciamento só ajudou a popularizar o nosso projeto”, diz o idealizador.
Na segunda edição, o ensaio fotográfico foi feito com contribuição de pessoas que simpatizam com o projeto. Eles pediram doações e arrecadaram R$ 11.200, de acordo com Silvero Pereira. O projeto custou R$ 10 mil e o valor arrecadado restante será destinado ao Coletivo Artístico das Travestidas, um grupo de teatro, dança e música composto por travestis do Ceará.
“O objetivo do calendário não é causar confusão, mas inserir os travestis na sociedade. Por que um travesti não pode ser associado a uma religião?”, questiona Silvero.com informações do G1
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