Marina
Garlen Diva Trans 2011 do Estado da Bahia, Representante das Artista
Transformista Bahia com o Troféu Michele no II Encontro de Travestis e
Transexuais.
Marina Garlen
Marina
Garlen- Começei através de uma grande amiga Elba Cover de Sergipe que
me falou muito bem do movimento, e também por Angelo, ele conversou com
Keila Simpson- Vice Presidente da ABGLT e Milena Passos-Presidente da
Associação de Travestis, a participar do movimento, fui para a Parada
Gay de Salvador, através do Grupo Gay da Bahia(GGB) e comecei a
participar dos encontros LGBT com a ATRAS.
G.L.
Como você se sente na condição de travesti ao ver varias colegas serem
assassinadas, a exemplo da travesti de Feira de Santana?
M.G.
– Amedrontada e insegura, porque infelizmente o nível de transfobia é
muito alto, as pessoas que tem sua identidade sexual como travesti, que
não é uma doença, como muitos falam ou pensam, fiquei muito triste e
insegura a perceber o que aconteceu com ela e mesmo com os avanços do
movimento LGBT, a muito ainda a ser conquistado.
G.L. Qual sua profissão e a quanto tempo você trabalha nesta profissão?
M.G. - Sou cabeleireira, maquiadora, e trabalho com transformista a 26 anos.
G.L. Sente-se discriminada pela profissão ou pela identidade sexual?
M.G.
-Ainda existe preconceito em muitos solões, por exemplo ‘coloquei
vários currículo e não me aceitaram porque eu era travesti’, no próprio
meio temos preconceito em relação ao transformismo, colocam gays ao
invés de travestis, tenho 26 anos de trabalho, e já passei por isso por
varias vezes.
G.L. O que você sentiu ao ser homenageada pela Millena Passos Presidente da ATRAS, quando recebeu o Troféu Michelle Marry, como representante dos Artistas LGBTs.
M.G.
-Foi uma horra muito grande fiquei emocionada e tinha quer vindo de uma
travesti como Millena, eu já tinha recebido um Troféu de Melhores do
Ano de Diva Tans, vindo das mão de dois gays cabeleireiros. E falando de
Millena mais uma vez esta sendo ótimo o relacionamento de amizade e
companheirismo
G.L. Como você ver o interesse do Governo em relação às travestis?
M.G.
-Eu vejo muito demanda e pouca resposta muita luta e pouco
reconhecimento, por falta de interesse dos nossos governantes, pois
vivemos em uma sociedade ainda hipócrita.
G.L. Como foi sua experiência na Europa e onde você morou?
M.G.
-Vive 17 anos na Europa foi uma experiência muito boa, certo que ouve
autos e baixos, onde conseguir algumas coisas. Viver em um país
estrangeiro durante anos e fazendo o que eu fiz: prostituição foi muito
difícil.
G.L. Qual a experiência que mais lhe marcou em Milão, Brescia, Torino...
M.G.
-A realização de conquistar a minha casa própria, e também levei uma
surra ao ser assaltada por três romenos, fui parar no hospital com
traumatismo craniano. Os romenos são agressivos e é comum agressões em
travestis. O que me levou para a Europa foi à realização de um sonho,
mas hoje, com crise que existe a Itália já esta falida. Então hoje esta
muito difícil conviver na Europa, mas minha época era muito melhor.
G.L.
Qual a mensagem que você deixa para as Travestis e Transexuais que se
sentem com Baixa autoestima, são reprimidas pela família e que sofrem
vários tipos de agressões tanto físicas como psicológicas?
M.G
-Amigas bola para frente cabeça para frente e digam ‘Sou travestis amo
ser travesti’, levante sua cabeça siga sua vida em frente, e viva
constantemente a cada dia como se fosse o ultimo enquanto você pode, e
seja felizes como eu sou.
Fonte:Grupo LIVRE
1 comentários:
para os travestis quero ser um travesti
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