Por Fernando do Vale
Imagem: Pamela Maranhão
Na madrugada desta terça-feira (28), o
outdoor com a imagem do projeto “SÃO DOMINGOS DO MARANHÃO SEM HOMOFOBIA”
foi queimado. A imagem foi criada e colocada na entrada da cidade pelo
Grupo Gay São Domingos do Maranhão (GGSD). O projeto foi criado para o
dia 17 de maio, Dia Internacional de Combate à Homofobia.
Repercussão
Segundo a presidente do GGSD, a travesti
Pamela Maranhão, “a cidade parou de verdade, muita gente pegava sua
moto para ir ver, muita gente aplaudiu a iniciativa. Ouvi vários
comentários preconceituosos como: falta de pisa; falta do que fazer;
bando de viados nojentos, deveriam levar tiros e criar vergonha.”
Na imagem tinha quatro pessoas, cada uma
representando uma letra da sigla LGBT. O B (bissexual) causou
indignação entre muitos, por não não existir bissexual assumido como os
demais. Gerando comentários nas redes sociais locais. Com exceção do
bissexual, que é do estado da Paraíba, todos são de São Domingos do
Maranhão.
Imagem: Pamela Maranhão
Medo
“Quando vi os rostos dos meus amigos
queimados pensei: meu Deus vão me queimar viva agora. Eu entrei em
pânico. Sai correndo dali com medo de quem fez me queimar. Senti a
sensação de que nós seremos as próximas vítimas.” Comentou Pamela
Maranhão
É visível que o alvo foram os rostos dos
que participaram do projeto. O ódio, o preconceito com as pessoas que
ali estavam, deixa claro que os LGBT da cidade precisam tomar cuidado. A
epidemia de ódio instalada no local preocupa não só a população, a
polícia já foi acionada da qual investiga o caso.
O número de assassinatos de homossexuais
vem crescendo no Brasil. Enquanto o público LGBT conquista alguns
direitos, por outro lado muitos estão perdendo suas vidas pela sua
orientação sexual.
Futuro
Em uma cidade conservadora onde ser gay é
sinônimo de “sem-vergonhice”, muitos temem pela sua própria vida. Os
LGBT estão unidos, continuarão lutando por seus direitos e igualdade.
Novos projetos de combate à Homofobia estão sendo preparados para São Domingos do Maranhão.
“Como ensinou minha sagrada mãe, onde
houver o respeito haverá sempre paz, sonho com um lugar onde todos irão
respeitar as classes em especial os LGBT que é tão perseguida por
mostrar aquilo que são de verdade, pessoas que não usam máscaras e vivem
sem enganar ninguém. Somos um pequeno grupo com uma enorme missão.”
Concluiu Pamela Maranhão.
Fonte: Radio Power Strike
1 comentários:
A luta é grande!
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