Transexualidade e Preconceito

Ele era um skinhead, neonazista e incitador à morte de homossexuais e negros. Hoje é uma mulher transexual e chegou a se candidatar ao parlamento alemão para defender as minorias pelo partido socialista, mas não foi eleita, pois só atingiu 1,8% dos votos.
Ela, que hoje se chama Monika Strub e tem 35 anos, disse que decidiu deixar para trás não só o sexo com que nasceu, como as suas ligações com o Partido Nacionalista.
Segundo aquilo que descreve no site que tem o seu nome, a transexual explica que logo cedo foi confrontada com a exclusão. "Porque, embora fosse homem, sentia-me como mulher. Mas, mesmo não me sendo permitido, finalmente decidi, em 2007, passar a viver como uma mulher", lembra.
Atualmente, ela trabalha como fotógrafa em Estugarda (sudoeste da Alemanha). Monika assumiu o seu passado após ter aceitado um lugar nas listas do Die Linke, um movimento político de Esquerda composto por socialistas saídos do Partido do Socialismo Democrático, fundado em 2007. A candidata pelo estado federal de Bade-Vurtemberga foi pressionada pela revelação de fotos suas, de cabeça raspada, em encontros nacionalistas, onde apelava à morte de homossexuais.
Em declarações ao jornal "Orange News", Monika garante que do violento Horst Strub e das ligações ao NPD já nada existe, após ter realizado a mudança de sexo. "Não escondo o meu passado nem os fatos de ter sido homem e pertencer à extrema-Direita. Mas, hoje, sou uma honesta socialista", assegura.
Apoiada pelo companheiro, mudou de sexo em 2009, tendo confessado numa recente entrevista ao jornal alemão "Bild": "Queria viver como uma mulher e amar um homem. Isso não poderia existir no NPD. Os esquerdistas são agora a minha vida". "Sim, este é o meu passado. Mas hoje sou uma pessoa diferente. Tenho deitado fora todas as fotos dessa altura e outras queimo-as", acrescentou.

0 comentários:

Postar um comentário